segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Cara Estranho - I

Em incerta vida, 
esqueceu-se  que é preciso 
saber viver com improviso
Jurou não ser,
da verdade, homicida
Mas já esquecida a espontaneidade

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Quem vou me vestir hoje?

Tu, caro companheiro, aproxime-se, mas deixe-me aqui a decidir quem sou hoje por instantes. Outros companheiros também vêm me ver, mas qual de mim vou me vestir? Vezes creio em minha voz a me dizer: "Seja perfeito enquanto der". Quase me pondo a me perder. Qual eu, eu serei hoje? Qual de mim devo me vestir? Quem acordo hoje, se me sonhei mal? No entanto, seria mais para o seu agrado eu com meu sorriso? Eu-ontem estava bom, mas hoje não me sentirei confortável assim. Em verdade hoje eu seria calmo, calado, na minha, mas dessa forma irei parecer sem graça para os companheiros animados e festivos. Talvez, com uma ajuda desse copo, posso quem sabe, para  parecer melhor, lupar um pouco dessa festividade em mim.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Amanhecer.

        Alguns feixes de luz invadem o quarto pela janela e encontram o seu rosto deitado na cama. Um contraste de luz e sombra. Sua feição suave, com seus olhos fechados, mostra conforto em seu sono, porém sua mente já acordada evita a verdade de realmente acordar.
        Passa-se o tempo com leves sonhos e ele levanta, caminha para preparar seu café em sua kitnet no quinto andar de uma cinza cidade com vista para uma baía e verdes montanhas ao longo do horizonte. Logo, com sua caneca em mãos, o jovem caminha para sua janela, abre a cortina e por instantes a luz intensa do sol agride seu olhar. Um sorriso surge em seu rosto. Um pé é posto sobre a janela e em seguida a mão em um dos cantos da mesma. Faz-se força e o corpo é erguido também para a janela.  Sobre a janela, ele olha rapidamente a vila que fica sua kitnet e em seguida a cidade, enquanto na janela senta para beber seu café admirando a vista.
        Olhar distante. Bela vista. Uma paz o toma por instantes, mas logo sua mente vai para o resto do dia. Ele tenta ignorar qualquer pensamento naquele momento. Seu olhar se dirigi ao sol, que o aquece a alma. Contemplando o astro, suas mãos procuram seus bolsos em busca de seu isqueiro e de um cigarro. Ele sorri indeciso ao dia.


        As montanhas juntamente do sol das sete o alegram a alma, o cigarro relaxa o seu corpo, o ajuda a ignorar qualquer pensamento sobre o resto do seu dia com o prazer de cada trago. O café lhe dá força. Nem sempre foi assim, ele pensa por fim.